Revista Brasileira de Medicina de Emergência 2023;3(1):2-7
INTRODUÇÃO/OBJETIVO: Ferimentos com corpos estranhos retidos em partes moles são queixas comuns no departamento de emergência, comumente causados por pedaços de vidro, madeira e metal, que podem causar complicações a longo prazo quando não detectados. O ultrassom à beira do leito, uma ferramenta crescentemente usada pelo médico emergencista, é um excelente método de auxílio na detecção, localização e remoção de corpos estranhos em partes moles, principalmente daqueles não radiopacos. Existem poucos estudos na literatura quanto ao uso de ultrassom à beira do leito na emergência para abordagem de corpos estranhos retidos em partes moles.
METODOLOGIA: revisão de literatura com a seleção de 31 artigos científicos, com discriminadores: corpo estranho; ultrassom; partes moles; emergência; que se adequaram aos objetivos do trabalho.
DISCUSSÃO: A maioria corpos estranhos conseguem ser detectados no ultrassom, com sensibilidade e especificidade consideravelmente elevadas evidenciadas nos artigos revisados, sendo esta ferramenta de grande utilidade principalmente em materiais não radiopacos, que não conseguem ser visualizados na radiografia simples.
CONCLUSÃO: Por ser de fácil acesso, de baixo custo e por não ter risco de radiação ionizante, o ultrassom à beira do leito é um método que deve ser considerado como parte da abordagem inicial de todo paciente em que se suspeita de corpo estranho retido, garantindo maior segurança na detecção e na remoção e reduzindo complicações a longo prazo.
Palavras-chave: corpo estranho. ultrassom. partes moles. emergência.